Tão importante quanto o colchão em que dormimos, a cadeira que usamos no escritório deve ser ergonômica e de muita qualidade. Somos muito exigentes na hora de comprar um colchão, mas o mesmo deve valer para a cadeira, afinal podemos passar mais tempo nela do que na cama.
Cadeiras adequadas são importantes não só para o conforto do usuário, mas também para a saúde. Tamanhos mal dimensionados e falta de regulagens podem causar problemas na coluna, ombros, pescoço e braços, que geralmente ocasionam afastamentos no trabalho.
1 – Perfil de usuário e ambiente
Antes de mais nada, analise o perfil do usuário e o ambiente. Há modelos de cadeiras para postos operacionais, interlocutores, atendentes, telemarketing, gerentes, diretores e presidentes e cada um tem as suas particularidades e características de utilização.
Um detalhe importante é escolher cadeiras giratórias com os rodízios certos para o tipo de piso do ambiente. Os rodízios com banda de rolagem em PU são os adequados para os pisos frios, cerâmicos ou em madeira, pois evitam riscos e são mais silenciosos. Salas com carpete ou tapete precisam de rodízios em nylon, onde as cadeiras deslizam melhor.
2 – Regulagens
Existem cadeiras com diferentes tipos de regulagens.
Uma cadeira modelo diretor ou presidente pode ter o mecanismo tipo Relax, que reclina o encosto e ainda pode ser ajustada esta pressão de recline, deixando o movimento mais suave ou mais firme, dependendo do peso do usuário. Opte pela versão de recline.
Uma cadeira operacional pode ter o mecanismo Assyncron, que permite o posicionamento da inclinação do assento e do encosto de forma independente, além da altura independente do encosto.
Os braços com regulagem de altura são ideais para cadeiras operacionais e para aquelas com necessidade de maior ergonomia, podendo ter também regulagens de afastamento lateral, longitudinal e rotação, os braços 4 D.
De acordo com o perfil dos usuários, do tempo que vai passar na cadeira e das movimentações que precisa fazer para executar suas tarefas, a equipe da Funcional orienta quais regulagens são importantes para o conforto e saúde.
3 – Ergonomia
É essencial verificar a ergonomia dos modelos em função do seu uso. Nos casos de muito tempo sentado, as regulagens oferecidas devem permitir a perfeita posição de braços e pernas. Basicamente, os joelhos precisam formar ângulo de 90 graus com a cintura e os pés devem ficar totalmente apoiados no chão. Os antebraços precisam estar apoiados nos braços da cadeira de forma confortável, facilitando a digitação sem que os punhos fiquem tensos.
4 – Qualidade dos componentes
Esta parte merece atenção especial. Como em qualquer produto que compramos, as cadeiras podem ser de boa ou má qualidade. Não se deixe levar pela aparência apenas. É importantíssimo observar a robustez dos componentes, peso e espessuras das chapas de metais usadas. Sente, experimente. Force o encosto da cadeira enquanto travado para avaliar sua resistência. Observe se a base da cadeira giratória (peça onde são fixados os rodízios) tem nervuras de reforço na injeção plástica ou no alumínio, se tem um tamanho que dê estabilidade para a cadeira e se não cede facilmente ao usá-la.
Os mecanismos das poltronas maiores com recline (relax) tem maior durabilidade, estabilidade e conforto se tiverem seu corpo em alumínio fundido. Mecanismos de relax em chapa de aço estampada podem ceder e deixar a cadeira torta ou com mal funcionamento do recurso.
Para as cadeiras operacionais com mecanismos com regulagem independente de inclinação de encosto e de assento, também deve ser feito o teste de travar os componentes em diferentes pontos e testar se os dispositivos não cedem e funcionam adequadamente.
Para os modelos de cadeiras e poltronas com encosto em tela, dê preferência aos modelos com apoio lombar, pois evitam que a tela ceda com o uso e comprometa seu conforto e visual. E ainda, opte pelos modelos cujo apoio lombar tenha regulagem de altura, o que além de atender as normas de ergonomia, permite a adaptação e conforto dos usuários com suas diferentes estaturas.
Preste atenção na qualidade das espumas das cadeiras, não somente o conforto, mas também sua resiliência, ou seja, o quanto ela retorna à forma original após a aplicação de carga sobre ela. Faça um teste pressionando fortemente a ponta do dedo na espuma e após o quanto a espuma volta ao normal.
5 – Qualidade do acabamento
Confie nos seus olhos e faça valer a primeira impressão causada. Você deve gostar do que vê, mas verifique também acabamento das peças plásticas, costuras, pintura e fixação dos componentes.
6 – Preço
Um dos erros mais comuns da escolha da cadeira de escritório é levar em conta apenas o preço, ou seja, optar pela mais barata. Mesmo parecendo confiáveis, em geral cadeiras baratas não oferecem conforto e durabilidade adequados. Podem quebrar rapidamente, o que vai causar transtornos e prejuízos. Uma cadeira de boa qualidade vai durar muitos anos, garantindo bem-estar aos usuários e economia para a empresa.
Mesmo que a cadeira não seja para quem a está comprando, é imprescindível que se teste na loja. O comprador deve sentar-se, ficar por alguns minutos, mexer nas regulagens possíveis, simular condições de utilização no ambiente de trabalho, verificar a ergonomia, a qualidade dos componentes e do acabamento e o conforto. Repita o teste várias vezes. Pergunte tudo sobre o modelo desejado e não se contente com respostas vazias do vendedor. Se não estiver seguro, não compre.